Relatório expõe vício em jogos e histórico violento de homem que matou esposa e filha de 10 meses
26/08/2025
(Foto: Reprodução) Homem matou esposa e filha carbonizadas em Campo Grande
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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu que João Augusto Borges de Almeida e Vanessa Eugenia Medeiros, estavam passando por dificuldades financeiras antes da jovem ser assassinada por ele, em maio deste ano. A filha do casal, Sophie Eugenia Borges, de apenas 10 meses, também foi morta e teve o corpo queimado junto à mãe, em Campo Grande.
O g1 teve acesso ao relatório produzido pela polícia no último dia 22. Segundo o documento, João e Vanessa vinham se desentendendo devido à situação financeira, sobretudo, porque o rapaz destinava o dinheiro das despesas para comprar peças de um computador usado em jogos on-lines.
O g1 entrou em contato com a defesa do suspeito, que disse repudiar as informações de que o crime foi motivado por 'supostos vícios em jogos'. Leia a íntegra mais abaixo.
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A polícia indica, ainda, que os jogos tinham relação com armas e violência. Conversas encontradas em uma plataforma mostram que ele e outro competidor mencionavam “violência, destruição, morte, canibalismo, armas, tiroteio, ficar louco, passar fome e sede”.
As conclusões foram obtidas pelos investigadores a partir de análises de mensagens encontradas no celular de João Augusto.
Conforme o assistente de acusação do caso, Lucas Brandolis, as provas encontradas no novo relatório foram um pedido para que o dispositivo eletrônico de João Augusto fosse analisado. O processo está, atualmente, na fase de apresentação das alegações finais dos envolvidos.
Concluída essa etapa, o Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri decidirá sobre a pronúncia do acusado, devendo o caso, na sequência, ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, explica o advogado.
O jovem, de 21 anos, foi preso em flagrante um dia após matar mãe e filha, no dia 27 de maio deste ano. João Augusto chegou a confessar à polícia que um dos motivos que levaram ao crime foram as despesas com a casa, que segundo ele, estavam altas. João também declarou que o casal passou a ter desentendimentos após o nascimento da criança.
O que diz a defesa de João Augusto?
Em nota, a defesa de João Augusto Borges de Almeida disse que as alegações feitas não correspondem à realidade dos fatos. Confira a íntegra:
A defesa de João Augusto Borges de Almeida vem a público esclarecer que repudia veementemente as informações veiculadas de que os trágicos eventos teriam sido motivados por supostos vícios em jogos online e dificuldades financeiras. Tais alegações são infundadas e não correspondem à realidade dos fatos.
Reiteramos que todos os esclarecimentos necessários para a correta elucidação do ocorrido serão prestados no momento oportuno e perante a autoridade competente, durante a instrução processual.
A defesa confia na Justiça e atuará de forma técnica e serena para que a verdade prevaleça, sempre respeitando o devido processo legal e o luto das famílias envolvidas.
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